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sexta-feira, 5 de março de 2010

Preconceito Regional


Resolvi falar hoje sobre o preconceito com os paraibanos, que sempre existiu, mas nesta quinta-feira (04/03/2010) ocorreu mais um fato que me deixou revoltada.

Na página de relacionamentos da internet, o twitter, o novelista Agnaldo Silva, soltou na rede a seguinte frase: “Gente, que falta de homem é essa? Esse Dourado do BBB não passa de um paraibazinho muito do chinfrim! Sou mais o Turcão de Rocha Miranda.” e ainda não satisfeito, nesta sexta-feira (05/03/2010) reafirmou o que disse, “Não retiro uma palavra do que disse, o Marcelo Dourado não passa de um paraibinha muito do chinfrim!”

Aguinaldo Silva é novelista de televisão, e escreveu, entre outras: "Roque Santeiro", "Tieta", "Vale Tudo", "Pedra sobre Pedra", "Fera Ferida", "A Indomada", "Senhora do Destino" e "Duas Caras". E para quem pensa que ele mora distante da paraíba se engana, o nosso vizinho é de Carpina, PE. Impressionante uma pessoa estudada, aparentemente culta, ter um comportamento de preconceito regional, logo no Brasil, que é um país de etnia extremamente diversificada. Nosso país é recheado de culturas que se desenvolvem e crescem a cada, minuto. Certamente com sotaques, costumes, idéias e curiosidades distintas que para muitos é uma forma enriquecedora da cultura brasileira, mas para outros um problema que não unifica a população.

O preconceito regional é consolidado pelo não aceitamento das diferenças na fala e nos costumes. Desta forma muitas pessoas rotulam os demais cidadãos que moram em outras regiões os ridicularizando.

Este preconceito tem que ser combatido, pois é um das formas mais sutis e perversas de exclusão social. Sutil pelo fato de que se alguém tem um colega de trabalho, um empregado ou conhece uma pessoa oriunda da região Nordeste, muitas vezes irá chamá-lo “carinhosamente” (ou seria preconceituosamente?) de Paraíba ou de baiano, independente se esta pessoa veio ou não de um destes Estados. Ou quando alguém diz: “É tão engraçado ouvir um nordestino falando". Estas ações são tidas com algo socialmente aceito, como algo normal e não como ações que trazem uma alta carga de preconceito e exclusão. O nordeste não é formado pelos nordestinos e sim por baianos, sergipanos, alagoanos, pernambucanos, etc. Afinal, ninguém pergunta a uma pessoa “você é sudestino?” por exemplo.

Existe a diversidade cultural do nosso país e nenhuma é mais correta que a outra, portanto, Aguinaldo Silva procure outro termo para ridicularizar o Marcelo Dourado do BBB10. Grata!

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