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quarta-feira, 17 de março de 2010

R$2,00 isso é um aumento salarial?


A greve dos agentes de limpeza foi decretada, nesta ultima segunda-feira (15), em João Pessoa, Bayeux e Cabedelo, onde a Marquise, Limpfort e Líder são as empresas responsáveis pelos serviços de coleta de lixo domiciliar e de limpeza urbana.

A reivindicação é por aumento salarial de 5%, que teve como contraproposta das empresas um aumento de R$ 2 nos salários e R$ 10 no vale alimentação. Um desaforo para estes trabalhadores tão importantes para a saúde da cidade e de seus moradores.

QUEM SÃO OS GARIS?

No Brasil, os garis são os profissionais da limpeza que recolhem o lixo das residências, indústrias e edifícios comerciais e residenciais, além de varrer ruas, praças e parques. Também capinam a grama, lavam e desinfetam vias públicas.

Apesar de imprescindíveis para a manutenção da limpeza das cidades, o gari quase sempre passa despercebido nas ruas. As pessoas costumam considerar o trabalhador braçal apenas como sombra na sociedade, seres invisíveis, sem nome. O gari enfrenta o drama da “invisibilidade pública”, ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde se enxerga somente a função e não a pessoa.

De Rivaldo Cavalcante : Gari não é lixo

Pense num trabalho ingrato e sujo!
Garis são esses homens que passam dia e noitevasculhando as ruas, à cata de entulhos.
Compenetrados, cabeças baixas, tentando esconder-se dos olhares de pessoas que passam, atentos ao que estão fazendo, no nosso benefício, eles apenas trabalham.
Sempre os encontramos, inclusive nos veículos coletores de lixo.
Mas eles passam despercebidos, como se fossem apenas sombras, pessoas excluídas e invisíveis, enfrentando intempéries, cães ferozes, perigos de contaminação com cortes de cacos de vidros e produtos ácidos, contaminações do lixo hospitalare outros tipos de desgraças, eles nos prestam um inestimável serviço.
Somos desatenciosos com esses laboriosos e silenciosos trabalhadores do nosso quotidiano.
Nunca nos aproximamos deles.
Vemo-los como se fossem portadores de doenças transmissíveipelo simples olhar, pelo sorriso, pelas mãos sujas e calejadas, pelas roupas surradas.
Não é tarefa fácil correr oito horas de dia ou de noite, no sol ou na chuva, atrás de um caminhão coletor do nosso lixo.
Pense na sua residência sem coleta de lixo!
Faça uma experiência. Deixe-a com lixo
acumulado durante apenas quinze dias.
Depois me conte o resultado.
Nunca os cumprimentamos, com medo de comprometermos nossa imunidade ou identidade pessoal.
Talvez eu até já tenha pensado: que me importa o lixeiro!
Entretanto, eles têm sentimentos, famílias, religiosidades, falam, sofrem, sorriem,
sonham com uma vida melhor.
Têm fé e esperança nos seus corações de seres humanos.
Da próxima vez que você tiver oportunidade, dê um bom dia para o gari.
Este gesto não fará esse humilde trabalhador mais rico ou mais pobre, mas, asseguro que tocará direto no fundo do seu coração, por ter sido considerado uma pessoa. Por ter sua presença notada.
O gari é nosso irmão em Cristo, que nos quer todos irmãos.
(Esta máxima de Jesus precisa ser verdadeira e não da boca pra fora)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Preconceito Regional


Resolvi falar hoje sobre o preconceito com os paraibanos, que sempre existiu, mas nesta quinta-feira (04/03/2010) ocorreu mais um fato que me deixou revoltada.

Na página de relacionamentos da internet, o twitter, o novelista Agnaldo Silva, soltou na rede a seguinte frase: “Gente, que falta de homem é essa? Esse Dourado do BBB não passa de um paraibazinho muito do chinfrim! Sou mais o Turcão de Rocha Miranda.” e ainda não satisfeito, nesta sexta-feira (05/03/2010) reafirmou o que disse, “Não retiro uma palavra do que disse, o Marcelo Dourado não passa de um paraibinha muito do chinfrim!”

Aguinaldo Silva é novelista de televisão, e escreveu, entre outras: "Roque Santeiro", "Tieta", "Vale Tudo", "Pedra sobre Pedra", "Fera Ferida", "A Indomada", "Senhora do Destino" e "Duas Caras". E para quem pensa que ele mora distante da paraíba se engana, o nosso vizinho é de Carpina, PE. Impressionante uma pessoa estudada, aparentemente culta, ter um comportamento de preconceito regional, logo no Brasil, que é um país de etnia extremamente diversificada. Nosso país é recheado de culturas que se desenvolvem e crescem a cada, minuto. Certamente com sotaques, costumes, idéias e curiosidades distintas que para muitos é uma forma enriquecedora da cultura brasileira, mas para outros um problema que não unifica a população.

O preconceito regional é consolidado pelo não aceitamento das diferenças na fala e nos costumes. Desta forma muitas pessoas rotulam os demais cidadãos que moram em outras regiões os ridicularizando.

Este preconceito tem que ser combatido, pois é um das formas mais sutis e perversas de exclusão social. Sutil pelo fato de que se alguém tem um colega de trabalho, um empregado ou conhece uma pessoa oriunda da região Nordeste, muitas vezes irá chamá-lo “carinhosamente” (ou seria preconceituosamente?) de Paraíba ou de baiano, independente se esta pessoa veio ou não de um destes Estados. Ou quando alguém diz: “É tão engraçado ouvir um nordestino falando". Estas ações são tidas com algo socialmente aceito, como algo normal e não como ações que trazem uma alta carga de preconceito e exclusão. O nordeste não é formado pelos nordestinos e sim por baianos, sergipanos, alagoanos, pernambucanos, etc. Afinal, ninguém pergunta a uma pessoa “você é sudestino?” por exemplo.

Existe a diversidade cultural do nosso país e nenhuma é mais correta que a outra, portanto, Aguinaldo Silva procure outro termo para ridicularizar o Marcelo Dourado do BBB10. Grata!

quarta-feira, 3 de março de 2010

O tempo é relativo

O TEMPO É RELATIVO. O que essa frase significa? Significa que não existe um tempo absoluto para todo e qualquer referencial. O maluco que criou essa tese se chamava Albert Einstein.

Para muitos o ano mal começou, mas foram tantos acontecimentos que para mim ele vem passando devagar com várias lembranças e vivencias boas. Este mês tem sido de adaptações, apesar de ter sido mais fácil do que eu imaginava. Adaptações em vários campos da minha vida e que tem me feito muito bem e espero esta passando esta coisa boa para as outras pessoas, com o meu trabalho, o meu carinho e dedicação.

Talvez, as pessoas que estejam comigo tenham achado que o mês de fevereiro tenha passando rápido, mas para mim, que aproveitei cada milésimo de segundo, demorou um ano, de tanto que aprendi e vivi.

Poisé Albert Einstein, qual será o referencial adotado neste mês que se iniciou? Mais uma vez, recorro a dicotomia de nossa existência para concluir minha reflexão. Acontece que há um lado que me conforta e outro que me aperta no fim de todas essas linhas: será que irei aproveitar este mês de Março, fazendo com que o tempo passe deliciosamente devagar, ou ele passará tão rápido e sem importância... isso só o TEMPO vai me responder! E ele está nas minhas mãos!